(Tom) F
(Introdução)
Para com esse papo de trabalho
Que isso é papo de otário
Eu não vou arrancar meu couro pra ganhar esse salário
Tô legal de passar fome, o meu negócio é cantar, bem devagar
Chega de ralar de madrugada
De segunda a sexta-feira
Disputando o trem lotado, um surfista de primeira
E o patrão mau-humorado de um atraso quer falar, o que que há?
Quem não me conhece desconhece a minha versatilidade
Fui um grande flanelinha no portão da faculdade
Engrossando meu cascalho conheci a Guiomar
Que levou o troco que eu tinha pra ajudar na formatura
Hoje a nega é doutora, desse mal ela me cura
Sempre assina um atestado não preciso trabalhar, só cantar
Você tem que saber, que eu nasci pra cantar
O que que eu posso fazer, é um dom que Deus dá
Quem trabalha é você, descola um atestado meu irmão,
Que malandro é você, que não sabe sambar, que não é de beber, nunca foi de fumar
( )
Acho bom me esquecer, senão a gente rola pelo chão