No tempo em que o negro chegava fechado em gaiola
Nasceu no Brasil
Quilombo e quilombola
E todo dia, negro fugia, juntando a curriola
De estalo de açoite de ponta de faca
E zunido de bala
Negro voltava pra Argola
No meio da senzala
E ao som do tambor primitivo
Berimbau, maracá e viola
Negro gritava: Abre ala
Vai ter jogo de Angola
Perna de brigar
Camará
Perna de brigar
Olê
Ferro de furar
Camará
Ferro de furar
Olê
Arma de atirar
Camará
Arma de atirar
Olê... Olê
Dança guerreira
Corpo do negro é de mola
Na capoeira
Negro embola e desembola
E a dança que era uma festa para o dono da terra
Virou a principal defesa do negro na guerra
Pelo que se chamou libertação
E por toda força coragem, rebeldia
Louvado será todo dia
Esse povo cantar e lembrar o Jogo de Angola
Na escravidão do Brasil
Perna de brigar
Camará
Perna de brigar
Olê
Ferro de furar
Camará
Ferro de furar
Olê
Arma de atirar
Camará
Arma de atirar
Olê... Olê
No tempo em que o negro chegava fechado em gaiola
Nasceu no Brasil
Quilombo e quilombola
E todo dia, negro fugia, juntando a curriola
De estalo de açoite de ponta de faca
E zunido de bala
Negro voltava pra Argola
No meio da senzala
E ao som do tambor primitivo
Berimbau, maracá e viola
Negro gritava: Abre ala
Vai ter jogo de Angola
Perna de brigar
Camará
Perna de brigar
Olê
Ferro de furar
Camará
Ferro de furar
Olê
Arma de atirar
Camara
Arma de atirar
Olê, olê
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