[Intro]
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B|12121210222/33/52202202|
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Toda vez que eu viajava
Pela estrada de Ouro Fino
De longe eu avistava
A figura de um menino
Que corria abrir a porteira
Depois vinha me pedindo
Toque o berrante seu moço
Que é pra eu ficar ouvindo
Quando a boiada passava
E a poeira ia baixando
Eu jogava uma moeda
E ele saia pulando
Obrigado boiadeiro
Que Deus vá lhe acompanhando
Pra aquele sertão afora
Meu berrante ia tocando
( )
( )
Nos caminhos desta vida
Muito espinho eu encontrei
Mas nenhum caso mais fundo
Do que isso que eu passei
Na minha viagem de volta
Qualquer coisa eu cismei
Vendo a porteira fechada
O menino eu não avistei
Apeei do meu cavalo
Num ranchinho beira chão
Vi uma mulher chorando
Quis saber qual a razão
Boiadeiro veio tarde
Veja a cruz no estradão
Quem matou o meu filhinho
Foi um boi sem coração
( )
( )
Lá pra banda de Ouro Fino
Levando o gado selvagem
Quando passo na porteira
Até vejo a sua imagem
O seu rangido tão triste
Mais parece uma mensagem
Daquele rosto trigueiro
Desejando-me boa viagem
A cruzinha do estradão
Do meu pensamento não sai
Eu já fiz um juramento
Que não esqueço jamais
Nem que o meu gado estoure
Que eu precise ir atrás
Neste pedaço de chão
Berrante eu não toco mais
[Final]