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1967
Marcelo D2
Letra

Álbum: Eu tiro é onda ( 1998)
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LETRA (VER LETRA CON ACORDES)

1967, o mundo começou

Pelo menos pra mim

E a minha história reduzida

É mais ou menos assim:

Nascido em São Cristóvão

Morador de Madureira

Desde pequeno acostumado a

subir ladeira

me lembro muito bem

dos meus tempos de moleque

que sempre passava as férias

no final do 77

Padre Miguel sempre 10 na bateria

saudoso Mestre André

sempre soube o que queria

futebol na rua F ou no campo de baixo

Você sabe

Meu tio gentil era um esculacho

Andava pelas ruas vestindo o meu bate bola

Se tu passasse em minha frente

Era melhor tu sair fora

Carnaval de rua perigoso e divertido

Mas passei por tudo isso

Entre mortos e feridos

Graças ao meu pai

O pessoal da tramela

Sérgio Cabrito meu padrinho

Não dava trégua

Lembra do Cassino Bangu

De vez em quando eu ia lá

Curtir um funk, ver a mulherada rebolar

Kool and the gang, gap band,

outro mestre, James Brown

Era só alegria

Não tinha pau



Eu quero ver

Se tu é homem mané

Do jeito que eu fui

E que eu sou

Eu quero ver

Se tu é homem mané

Que nem a parteira falou



No Andaraí, Grajaú o bicho pegava mais

Quando pichava muro

Sempre tinha um correndo atrás

Carlos Peixe, meu camarada

De vez em quando no piche

Outras na baforada

Vida de moleque sempre sangue bom

Calote no ônibus

Pra ir à praia no verão

Pra ficar um pouco mais

Roubava no supermercado,foda-se

Pra mim isso nunca foi pecado

Sempre no Maraca vendo o Mengão jogar

Zico, Adílio, Júnior, fazendo a bola rolar

Como já dizia o hino, vou repetir pra você

Uma vez Flamengo

Flamengo até morrer

Meu avô Peixoto deixou meu sangue rubro-negro

Me orgulho de ser carioca

Me orgulho de ser brasileiro

skate na veia, só quem tem

sabe como é que é a sensação

e o poder de dar um ollie-air

Campo Grande, Norte Shopping

Street no Mec

À noite Circo Voador

Show do De Falla e um Domec

Vender Camisa na 13 de Maio

Na situação show no Garage

Skunk, diversão de irmão

Grandmaster Flash, Afrika Bambaata

Planet Rock,

Rap, break, graffiti

Chegou o hip hop

Cantando a vida

Mas vista de um outro lado

Não é apologia cumpadi

Não adianta ficar bolado

Entenda se a minha rima

Não te faz rir

é som das ruas fluíndo

Não adianta, sai daqui

Eu vim pra zoar

Fazer barulho

Falar um pouco de mulher

Skate, som, bagulho

Sempre ligado, sempre sabendo o que quer

Sempre bom da cabeça, nunca doente do pé

Eu vou levando a vida

É, juro que vou

Só no sapato, sempre sendo o que sou



Eu quero ver

Se tu é homem mané

Do jeito que eu fui

E que eu sou

Eu quero ver

Se tu é homem mané

Que nem a parteira falou



Agora saiu o flow

Brasileiro, Carioca

Marcelo D2 na área

Se derrubar, é pênalti

Valeu.

Letra añadida por: votasgu (#11.473)



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