[Intro]
[Refrão]
Hey, mister do pandeiro, toque para mim!
Não estou com sono e não tenho onde ir...
Hey, Jackson do pandeiro, toque pra mim!
E entre as canções desta manhã
Eu poderei te seguir...]
Sei que, á noite, seus impérios
Desmoronam sobre o chão
Ao toque das minhas mãos
Eu só enxergo na manhã
Um sol de assassinar
O cansaço me atordoa
Enquanto eu ando para o além
Procurando por ninguém
Em velhas ruas, já desertas
Sem poder sonhar
[Refrão]
Me leve nas viagens,
Do seu mágico navio...
Eu já cansei deste vazio!
As minhas mãos tremem de frio,
Mas os meus pés, que o chão feriu,
Ainda têm forças pra seguir o teu caminho..
Eu irei onde você quiser,
Pelas rotas que tracei!
Se o teu canto eu escutei,
Enfeitiçado eu fiquei!
E sei que já não vou seguir sozinho...
[Refrão]
Se uma gargalhada louca,
Esvoaçar pela amplidão!
E ecoar, sem direção!
Alguém vai pensar que são
As muralhas do horizonte a desabar!
E se alguém ouvir o eco
De uma canção feita em pedaços!
Ressoando nos espaços!
É só a voz deste palhaço,
Que canta, enquanto segue os passos
De uma sombra que ele vive a procurar...
[Refrão]
Vou sumir por entre a névoa,
De um delírio enfumaçado,
entre as ruínas do passado!
Deixo a folhagem glacial,
de um bosque branco e sepulcral!
Vou para um mar de vendavais,
Longe das garras da tristeza e da aurora...
Sob um céu de diamantes,
Vou dançar como um menino!
Entre o oceano cristalino
E um circo errante e peregrino!
Deixo as memórias e o destino!
Sumir num abismo sem fim!
Quero, amanhã, lembrar que hoje, eu fui embora!
[Refrão]