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4 6 -6 6
5 -5 6
6 -5 5 -4b
Nas grandes cidades do pequeno dia a dia
O medo nos leva a tudo, sobretudo a fantasia
Então erguemos muros que nos dão a garantia
De que morreremos cheios de uma vida tão vazia
Erguemos Muros
Nas grandes cidades de um país tão violento
Os muros e as grades nos protegem de quase tudo
Mas o quase tudo quase sempre é quase nada
E nada nos protege de uma vida sem sentido
O quase tudo quase sempre é quase nada
Um dia super
Uma noite super
Uma vida superficial
Entre cobras
Entre as sobras
Da nossa escassez
4 6 -6 6
5 -5 6
6 -5 5 -4b
Um dia super
Uma noite super
Uma vida superficial
Entre sombras
Entre escombros
Da nossa solidez
Nas grandes cidades de um país tão surreal
Os muros e as grades
Nos protegem de nosso próprio mal
Levamos uma vida que não nos leva a nada
Levamos muito tempo prá descobrir
Que não é por aí... não é por nada não
Não, não pode ser...é claro que não é
Será?
Meninos de rua, delírios de ruína
Violência nua e crua, verdade clandestina
Delírios de ruína, delitos e delícias
A violência travestida, faz seu trottoir
Em armar de brinquedo, medo de brincar
Em anúncios luminosos, lâminas de barbear!
Um dia super
Uma noite super
Uma vida superficial
Entre cobras
Entre as sobras
Da nossa escassez
Uma voz sublime
Uma palavra sublime
Um discurso subliminar
Entre sombras
Entre escombros
Da nossa solidez
4 6 -6 6
5 -5 6
6 -5 5 4b
Viver assim é um absurdo
Como outro qualquer
Como tentar um suicídio
Ou amar uma mulher
Viver assim é um absurdo
É um absurdo (4x)
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