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Refrão:
E G# A
Pai, afasta de mim esse cálice, Pai, afasta de mim esse cálice
A/Bb E/B B7 E
Pai, afasta de mim esse cálice de vinho tinto de sangue
C#m C#m7M C#m7 F#7/C#
Como beber dessa bebida amarga, tragar a dor, engolir a labuta
A7M F#7/C# B7/6 B7/5+ E
Mesmo calada a boca resta o peito, silêncio na cidade não se escuta
C#m C#m7M C#m7 F#7/C#
De que me vale ser filho da santa, melhor seria ser filho da outra
A7M F#7/C# B7/6 B7/5+ E
Outra realidade menos morta, tanta mentira, tanta força bruta
(Refrão)
C#m C#m7M C#m7 F#7/C#
Como é difícil acordar calado, se na calada da noite eu me dano
A7M F#/A# B7/6 B7/5+ E
Quero lançar um grito desumano que é uma maneira de ser escutado
C#m C#m7M C#m7 F#7/C#
Esse silêncio todo me atordoa, atordoado eu permaneço atento
A7M F#7/C# B7/6 B7/5+ E
Na arquibancada, prá qualquer momento, ver emergir o monstro da lagoa
(Refrão)
C#m C#m7M C#m7 F#7/C#
De muito gorda a porca já não anda, de muito usada a faca já não corta
A7M F#7/C# B7/6 B7/5+ E
Como é difícil, pai, abrir a porta, essa palavra presa na garganta
C#m C#m7M C#m7 F#7/C#
Esse pileque homérico no mundo, de que adianta ter boa vontade
A7M F#7/C# B7/6 B7/5+ E
Mesmo calado o peito, resta a cuca dos bêbados do centro da cidade
(Refrão)
C#m C#m7M C#m7 F#7/C#
Talvez o mundo não seja pequeno, nem seja a vida um fato consumado
A7M F#7/C# B7/6 B7/5+ E
Quero inventar o meu próprio pecado, quero morrer do meu próprio veneno
C#m C#m7M C#m7 F#7/C#
Quero perder de vez tua cabeça, minha cabeça perder teu juízo
A7M F#7/C# B7/6 B7/5+ E
Quero cheirar fumaça de óleo diesel, me embriagar até que alguém me esqueça
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