Corpo Esgualepado
Xirú Missioneiro
Cifras

Bb                                                       F
Cada dia que passa parceiro meu corpo véio me dá uma sintoma
                                                        Bb
Resquícios de uma vida bruta de tropiada, de esquila e de doma
                            Bb7                    Eb
O corcova de bagual criado e manotaço de égua redomona
                            Bb                                  F
E o cansaço que hoje me governa o reumatismo me entrevando as perna
                              Bb
É o passado que está vindo a tona
Bb                                                F
De tanto eu me sentir mal uma dotora me fui consurtá
                                                                  Bb
Que os meu nervo se foram pro saco que se intrevam e não qué funcioná
                                      Bb7                        Eb
E a minha véia me enche de gorpe me dá cãimbra quando eu vou lidá
                            Bb                                         F
Sinhá dotora resorva meu drama porque até despois que eu me deito na cama
                            Bb
É um sacrifício pra mim levantá
Bb                                                              F
A dotora me atô pelo um braço apertando uma bola medindo a pressão
                                                  Bb
Fez respiração boca a boca bateu chapa do meu coração
                           Bb7                             Eb
Atracou um apareio na luiz que ela apelidou de tar computação
                            Bb                                         F
Vi minha carcaça toda esbudegada e ela me amostrando minhas peça estragada
                    Bb
Retratando na televisão
Bb                                                          F
A dotora então foi me explicando: a tua vida tá muito atrasada
                                                           Bb
Os teus bofe não existe mais a bebida de arco diluiu a buchada
                                         Bb7                 Eb
Teu purmão tá igual foles de gaita tua bexiga toda esgualepada
                           Bb                           F
A dotora então garrô a se ri esse teu tareco de fazê xixi
                                   Bb
Tá sem serventia e não presta pra nada
Bb                                                         F
Teu culesterol tá em quinhentos as tuas veia tão tudo trancada
                                                        Bb
Tua coluna te afroxou os quarto a tua espinha tá desconotada
                             Bb7                         Eb
Inventei uma comessão de bóia bucho cozido e tripa sapecada
                               Bb                                              F
Despôs por riba pra se da besteira pra sentá as lombriga me atraquei numa cuaieira
                              Bb
Com leite mogango e batata assada
Bb                                                           F
É pra mim cumê só comida leve que o culesterol tá muito avançado
                                                                Bb
Receitou só comer carne branca então tenho comido só toicinho assado
                                   Bb7                    Eb
Me fez uriná em frente dela meio contrariado tive que mijá
                                        Bb                                        F
Despôs exigiu que que sacasse a minha roupa e a minha véia ciumenta ficou quase loca
                              Bb
Avançou na dotora pegou a destratá
Bb                                                                 F
A dotora apertando os pertence disse: A tua doença eu já sei o que é!
                                                                  Bb
Tua situação já tá muito agravada então pra te cuidá arrume duas muié
                                     Bb7                    Eb
E a minha véia com esta confusão a pobrezinha ficou apavorada
                               Bb                               F
Na boca da noite pegou a se pintá diz ela que vai pra capela rezá
                               Bb
Só voleia pra casa por a madrugada
Bb                                                                 F
Sinhá dotora assim não vai dá tô mais encrencado e não sei o que faço
                                                            Bb
Meu coração forte igual um cuiudo o miserável já tá num cansaço
                               Bb7                       Eb
A dotora já me desinganou e já que eu tô virado num bagaço
                              Bb                                    F
Me agarrei nela e um pedido fiz a última coisa que lhe pede um infeliz
                                         Bb
Então me premita que eu morra em teus braços
Bb                                                         F
Me proibiu de vê muié pelada me agita demais e a doença recai
                                                                  Bb     F Bb
Então quando enxergo me lembra a dotora... Ai ai ai ai ai ai ai ai ai