Cidades e Lendas
Zé Ramalho
Cifras

[Intro]  F C Dm Dm7 Bb B° C C7
         F C Dm Am Bb A7
         Dm Am Dm Am

Dm                   Am    Dm                 Am
   Entre torres e favelas    vejo a lua flutuar
Gm                      Dm
   Vejo o mar bater nas pedras
C      C/C          F    C/F# Dm
   Da cidade onde chorei por você
A7                     Dm   A7                     Dm
   Foi-se a noite sertaneja    que sonhei no estrangeiro
C   C/C               Dm       C      C/C        F   Dm
   Estilhaços de recordação   onde eu nunca voltarei
A7                   Dm     A7                      Bb            C  C7
   A cidade é uma serpente    se não falha o meu repente eu vou só

F     C/F#          Dm Dm/D  Bb         B°         C
Toda cidade é uma lenda,    tendas de ferro e cristal
F       C/F#     Dm   Dm/D   Bb        A7       Dm
Ruas de luz e de penas,     cenas de fogo e jornal
Dm   Am      Dm   Am
eh...eh...   oh  oh

Dm                     Am    Dm                    Am
   Vai batendo a velha noite    no subúrbio da tristeza
Gm                             Dm
   E a madrugada sai num trem azul no céu
C    C/C                 F  C/F# Dm
   Abrigando a luz da ilusão
A7                   Dm   A7                  Dm
   São olhares sem janela    derramados na sarjeta
C     C/C              Dm    C     C/C               F   Dm
   Passarada, negra solidão,   traficando a última visão
A7                  Dm      A7                      Bb          C   C7
   As cidades são espelhos,    tantos olhos, tantos olhos tão sós

Dm                  Am     Dm                  Am
   As esquinas do deserto,    as meninas são sereias
Gm                   Dm      C       C/C         F  C/F# Dm
   Nas migalhas da televisão    eu procuro por você
A7                   Dm     A7                Dm
   São Atlântidas concretas    baseadas na pobreza
C      C/C          Dm         C      C/C            F  Dm
   Babilônias da desconstrução  sob a lama dos meus pés
A7                  Dm     Am                    Bb         C  C7
   As cidades são cometas,    vão embora porque somos tão sós