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Em
Aqui na floresta
C
Dos ventos batida,
Façanhas de bravos
D
Não geram escravos,
Que estimem a vida
Em
Sem guerra e lidar.
D
- Ouvi-me, Guerreiros,
Em (bis)
- Ouvi meu cantar.
G
Valente na guerra
D
Quem há, como eu sou?
Quem vibra o tacape
C
Com mais valentia?
Quem golpes daria
G
Fatais, como eu dou?
D
- Guerreiros, ouvi-me
Em
- Quem há como eu sou?
G
Quem guia nos ares
D
A flecha emplumada,
Ferindo uma presa,
C
Com tanta certeza,
Na altura arrojada
G
Onde eu a mandar
D
- Guerreiros, ouvi-me
Em
- Ouvi meu cantar
A
Quem tantos inimigos
D
Em guerra preou?
Quem canta seus feitos
G
Com mais energia?
Quem golpes daria
A
Fatais, como eu dou?
- Guerreiros, ouvi-me
D
- Quem há, como eu sou?
Na caça ou na lide,
D
Quem há que me afronte?!
A onça raivosa
G
Meus passos conhece,
O inimigo estremece,
A
E a ave medrosa
Se esconde no céu.
D
- Quem há mais valente,
A D
- Mais destro do que eu?
E D
- Ouvi-me, Guerreiros
Em (bis)
- Ouvi-me meu cantar,
Em
Se as matas estrujo
C
Com os sons do boré,
Mil arcos se encurvam,
D
Mil setas lá voam,
Mil gritos reboam,
Em
Mil homens de pé
Eis surgem, respondem
C
Aos sons do boré!
D
- Quem é mais valente,
Em
- Mais forte quem é?
G
Lá vão pelas matas;
D
Não fazem ruído:
O vento gemendo
C
E as matas tremendo
E o triste carpido
G
Duma ave a cantar,
D
São eles - guerreiros
Em
Que faço avançar.
G
E o Piaga se ruge
D
No seu maracá,
A morte lá paira
C
Nos ares flechados,
Os campos juncados
G
De mortos são já:
D
Mil homens viveram,
Em
Mil homens são lá.
A
E então se de novo
D
Eu toco o Boré
Qual fonte que salta
G
De rocha empinada,
Que vai marulhosa
A
Fremente e queixosa,
Que a raiva apagada
D
De todos não é,
C
Tal eles se escoam
G
Aos sons do Boré.
A
- Guerreiros, dizei-me,
D
- Tão forte quem é?
Em D
- Ouvi-me, Guerreiros
Em (bis)
- Ouvi meu cantar
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