eis-me aqui, atado a mim
posso sentir o coração de outrem
e o luar é como um poema sobre o Mundo
eis-me vil, o mesmo, enfim
libérrimo
pronto para o infinito
mais suspeito
mais sujo
mais belo
todo fumo que trago, todo amor
toda flor de plástico tem espinhos
e perfuma
a dor que sinto seja o tiro
esta cidade não está pronta
sou seu esgoto
sua baía
seu poeta sem rosto