Essa criança de olhos pequenos
Cabelos brancos com sorriso lento
Hoje me chamou de pai
Foi você que ergueu esta casa
Que trabalhou duro pra não faltar nada
E hoje me chamou de pai
Para com isso, pai
Tudo que eu estou fazendo aqui
Não é nem metade do que fez por mim
Se as mãos não obedecem
As pernas são fracas demais
E daí na falha dos seus passos eu te carrego no colo
E se um dia for preciso serei os seus olhos
Se a vida não tiver mais graça te faço sorrir
E daí, eu faço sua barba e ajudo trocar sua roupa
Por anos meu maior presente saiu da sua boca
E hoje te digo o mesmo
Te amo, meu pai
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