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Vento na janela cortina a bailar
Dentro o sol rabisca a parede
Entre sombras, curvas tortas e um azul solar
Escorrega ao fundo um bicho verde
Imagina só!
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Vence a atmosfera o disco espacial
Dentro dele habita o mistério
Desenhando ondas pelo milharal
Luzes que derrubam monastérios
Imaginação!
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Tempo, contratempo, vento atemporal
Sinfonia de uma tempestade
Revirar fonético das folhas do quintal
Ganha o volume da cidade
Imagina o som!
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Clama o tuaregue a benção de Alá
Flamejante sede do deserto
Como Padre Cícero no sertão do Ceará
Brasa que incendeia o peito aberto
Imagina o sol!
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