O viaduto
Concreto sujo, concreto sujo
Os indigentes, o cheiro cru
Cruel é a estação
Da dor, de um homem que não tem irmão
Perdendo a base, o chão
Pintando o sol com carvão na mão
As praças são banheiros
Os carros vem e vão
Os cantos plenos chiqueiros
O cheiro cru do carvão
É a noite, palco aberto
Da tragédia e da solidão
De um homem, de um homem
De um homem que não tem irmão
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