São os mesmos ternos de ontem
E o mesmo amor pela guerra
É tudo igual, mas mudou
Agora o antigo parece moderno
Tentei entrar pelos fundos
Tentei jogar pelas regras
Mas o jogo não tem vencedores
E eu tô indo embora da festa
Sou eu que devo no banco
Sou eu que chego atrasado
Sou eu que vivo de sonhos
Sou eu que acordo assustado
Não espero que você me siga
Mas não preciso que você me diga
Que esse é o caminho errado
Sozinho eu já sofro um bocado
As portas à minha frente
Se abrem ao som da voz
O mundo não fecha nunca
E eu sempre me sinto só
Já cansei do seu cinismo
De te ver brincar de futuro
Acendendo as luzes do mundo
Mas me deixando no escuro
Sou eu que falo bobagens
Sou eu com o passo trocado
Sou eu que perco a viagem
Sou eu que sou alvejado