Declamado
Numa tarde de setembro, triste fato aconteceu.
O sertão foi abalado, quando céu escureceu.
Um violão sem companheiro, uma voz emudeceu.
O Brasil sem cantador, Chico viola morreu.
Cantado
Numa tarde de setembro, triste fato aconteceu.
O sertão foi abalado, quando céu escureceu.
Um violão sem companheiro, uma voz emudeceu.
O Brasil sem cantador, Chico viola morreu.
Suas modas todos lembram do amor que já viveu.
Todos choram sua vida, que tristemente perdeu.
Foi pro céu cantar com os anjos, foi convidado por Deus.
Deixou saudade na terra, Chico viola morreu.
A natureza chorava, o mundo se entristeceu.
E o sol avermelhado, entre lágrimas desceu.
A lua por traz da mata, soluçando apareceu.
Chorando seu companheiro, Chico viola morreu.
O morro cobriu de luto, os tambores não bateu.
Chora o pandeiro do samba, a favela emudeceu.
O violão da serenata, o destino recolheu.
Só ficou a voz da saudade, Chico viola morreu.
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