Bato a porta devagar,
Olho só mais uma vez
Como é tão bonita esta avenida...
É o cais. Flor do cais:
Águas mansas e a nudez
Frágil como as asas de uma vida
É o riso, é a lágrima
A expressão incontrolada
Não podia ser de outra maneira
É a sorte, é a sina
Uma mão cheia de nada
E o mundo à cabeceira
Mas nunca me esqueci de ti
Eu nunca me esqueci de ti
Não nunca me esqueci de ti
Eu nunca me esqueci de ti
Tudo muda, tudo parte
Tudo tem o seu avesso.
Frágil a memória da paixão...
É a lua. Fim da tarde
É a brisa onde adormeço
Quente como a tua mão
Mas nunca me esqueci de ti
Eu nunca me esqueci de ti
Eu nunca me esqueci de ti
Não nunca me esqueci de ti
Não...
Nunca me esqueci de ti
Não...
nunca me esqueci de ti
Nunca, nunca, nunca...
Nunca me esqueci de ti
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