A saudade busca a volta
Na imensidão da represa
E a mente abre as comportas
Vagando na correnteza
No fio d agua do horizonte
Onde a vista ainda alcança
Percebe o cimo do monte
No qual seu mundo descansa
No vasto espelho da aguada
Os astros ganham brilhos
Porém a lona na estrada
É o destino dos seus filhos
É lá.....é lá.....qu esta
Na linha do seu passado
Itá.....Itá......Itá
A terra onde foi criado
É lá.....é lá.....qu esta
Na vinha um sonho podado
Itá.....Itá......Itá
São coplas pra um afogado
Lembra a varanda, o ranchito
Donde bebia a paisagem
Que esmaeceu aos pouquinhos
No concreto da barragem
Galpão, terreiro e mangueira
Pomar, potreiro e roçado
E até o canto da cachoeira
Foram pra sempre inundados
Fez-se limbo nos ipês
E a sombra dos tarumãs
Deu lugar aos aguapés
E o triste coaxar das rãs.
É lá.....é lá.....qu esta
Na linha do seu passado
Itá.....Itá......Itá
A terra onde foi criado
É lá.....é lá.....qu esta
Na vinha um sonho podado
Itá.....Itá......Itá
São coplas pra um afogado