No tribunal da minha consciência
O teu crime não tem apelação
Debalde, tua alegas inocência
Mas não terás minha absolvição
Os autos do processo da agonia
Que me causaste em troca ao bem que fiz
Correram lá naquela pretoria
Na qual o coração foi o juiz
Tua tens as agravantes da surpresa
Também as da premeditação
Mas na minh alma tu não ficas presa
Porque o teu caso é caso de expulsão
Tu vais ser deportada do meu peito
Porque teu crime encheu-me de pavor
Talvez o Habeas-corpus da saudade
Consinta o teu regresso ao meu amor