Intro:
Aquela moça que vaga nas ruas
Tem o seu ponto na feira do amor
Quem diz que ela é de vida fácil
Porque não sabe seu drama de dor
Tudo ela faz para enganar a aparência
Mesmo sentindo sua vida morrer
Ninguém percebe seu pranto escondido
E no mercado do amor proibido
Ganha o sustento pra sobreviver.
Em sua bolsa ela guarda uma carta
De um grande amor seu primeiro fracasso
Guarda o retrato do filho querido,
Que há muito tempo saiu de seus braços.
Guarda receita de medicamentos
Para a mãezinha espera inocente
Falta porém completar a quantia;
Tem que gastar toda féria do dia
Para salvar a mãezinha doente.
Em sua bolsa de tantos segredos
Guarda uma lâmina fria de aço
Para que um dia ao cansar-se da vida
Cortar o pulso do seu próprio braço
Moça da esquina seu erro eu perdôo
Pode em meu ombro chorar se quiser
Suas razões eu entendo e aceito
Moça infeliz seu pecado eu respeito
Antes de tudo és uma mulher.