Veredicto
Rap Box
Letra

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LETRA (VER LETRA CON ACORDES)

Filho eu te dei tudo, dei vida, dei asas

Eu te dei comida, dei camisa, errei as marcas

E se eu te dei uns tapas foi porque cê deu uns tapas

Eu te avisei: nada de drogas na minha casa


Amor você é tão sujo, você é um sortudo

Também te dei tudo, foi o primeiro fez tudo

Nosso bebê não vai mais se chamar Bruno

Você é tão burro, tinha que estragar tudo


Deus me disse que eu só ligo pra pedir

É sempre a mesma coisa que eu só penso em mim

E eu vou morrer se eu continuar bebendo assim

Antes de desligar esse é o terceiro e último rim


Sei o que você tá pensando lek

Que eu enchi o bolso, que cresceu o dread

Hoje eu não tenho chefe

Mas maldito game que me deu um cheque

O tipo de cara que nunca teve nada
Então quando esses cara vence

Quer estampar na cara que eu não mudei nada
Que eu zerei os caixa e virei tudo em tênis


Estamos todos presos, presas da falsa liberdade

Preconceitos, eu presumo são pilares da maldade

Antes grilhões que nós prendiam, até nós vendiam pros outros

Hoje é a luxúria que nós prende junto com os cordão de ouro


Ai vocês falam: Rod não é preto e quer falar de escravidão

Não sou judeu também, mas sempre achei Hitler mó cuzão

Tô pelo certo sempre, OutraLei, num mundo nonsense

Tô pela letra, se fosse só pelas drogas, eu escutava trance


Eu sou de outro plano, outro lado, pros careta, outro trago

Me dá uma caneta ou a baioneta, eu mato o Bolsonaro

Me perdoe Deus, compartilhei o ódio entre os homens

Eu só queria avisar o Senhor que eles estão roubando e usando seu nome


Eu vim de Atlântida, reencarnei Brasil

Subindo as rampa pra ficar longe desses merda

Eu dou descarga e fecho a tampa lá

Comigo é sem 2 papo, no beck é 2, passo

Finalizando o feat, eu engoli esse beat e nem arrotei depois, paz


Só limpa o sangue da camisa e manda se fuder

Liga aquela Monalisa e chama pra fuder

Não tô num momento bom pra esses verme vir me pilhar

MCs vagalume, apaga mais rápido que brilha


Filha, você aceita ser a mãe dos meus bambinos?

Se o RAP não virar nós monta uma bica e vende uns pino

SPVic trouxe um fino e a foto dela nua

To vendo ela me olhar, mixar o civicão na rua


Mas deixa ele crescer, deixa achar que tá em casa

Descarrega e limpa o sangue da camisa do Damassa

Enquanto escrevo essas rimas tentando achar vacina

Lembrando quando eu transava com a vaca da rua de cima


Podia fritar, não fritei. Podia flipar, não flipei

Mas falei o que esses bucha ai tá demorando há mais de um mês

Num dizer que não falei das flores, das flores, falei

Não falei foi do amor porque há um mês atrás matei! Tey!


Desde o evangelho perdido de Tomé

Meus ouvidos e a minha fé com os amigos sincroniza os sentidos

Aos vivos, sobre morte, mortos, livros

Ciclos e a discrepância de que quase tudo é relativo


Intrigo e entrego hábil ao cego, na metáfora

Meu ego nessa cápsula e enterro no Éden pra aturar outra fábula

Proponho, servo! Sirvo ao risco prévio
O objetivo é sério

Privo ou sigo esse que é nosso sonho coletivo

A atenção em ser notado em meio a multidão

Pensadores, professores e alunos em extinção

Somos os computadores cada um com a sua versão

Detentores da matéria prima, preso a imitação


E nós partimos, latinos, já foi a humilhação

Colidíamos e sabíamos que não é religião

É ópera! Fiel é a nota que opera essa cólera

Então sobe lá no palco e aguenta o fardo ou a minha úlcera

É visceral, entreter o sarau, não é diss/cerol, é o veredicto

Desigual é ferir a moral do Marcelo, David e Benedito

Num novo circuito além do conflito

Desculpa, eu consigo viver no infinito e você não
Firmão, é esse o intuito


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