Eu tava doido pra cantar pra ela nosso som
Que escrevi ontem pensando no amanhã
E hoje eu tô aqui despreparado
Preocupado com tudo ao redor
As pernas tremem, a boca não abre
E não da nem pra me mover
Talvez se eu tivesse ensaiando mais
Talvez se eu tivesse um pouco mais firme
Talvez esse borbulho no estômago signifique que noís combine
E nem precise de mais canções
Além do sons de voz enquanto converso contigo
Mas eu não consigo e tudo que eu não te digo aqui deusa
É que ontem eu pus no verso
Que eu tava doido pra cantar nosso som, escrevi ontem
E hoje eu tô aqui doido pra cantar pra ela
Nosso som, nosso som
Ana Capricorniana, nesse final de semana
Desculpa mas não quero ver você partir
Amanhã acordo cedo, corre aqui não tenha medo
O morro todo hoje quer te ver sorrir
Quem é que tem coragem pra falar de amor?
Quem é que tem coragem de ser o que não é?
Fiz essa aqui na laje, esse fundo é montagem
Me diz o que cê quer pra aliviar essa dor
Fui de peito aberto pra fechar contigo
Seu mundo tava escuro eu fui o seu farol
Escolhas são escolhas, cê tem seus motivos
Mas quem quer viver na sombra não espera o sol
Cê sabe que a vida é um tecido fino
Pois a qualquer momento pode se rasgar
Talvez não seja nada, seja só o destino
Era simplesmente a hora de tudo acabar
Meu quarto ainda tem seu cheiro, de vazio eu entendo
Esvaziou o coração e sem ter explicação me arrancou de dentro
Meu quarto ainda tem seu cheiro, de vazio eu entendo
Esvaziou o coração e sem ter explicação me arrancou de dentro
Ana Capricorniana, você acha que me engana
Desculpa mas não quero ver você partir
Vai embora com minha blusa, só pra deixar outra sua
Ninguém pode saber que você teve aqui
Quem é que tem coragem pra falar de amor?
Quem é que tem coragem de ser o que não é?
Fiz essa no meu quarto, minha casa não tem lage
E a única montagem é seu sorriso sem cor, amor
Seu sorriso sem cor, amor
Seu sorriso sem cor
Já não sei quantas vezes arrumou as malas
Amamos e brigamos mil vezes ao dia
Nem lembro quantas vezes procurei palavras
Pra te mostrar aonde nós dois juntos chegaria
Não sabe como eu corro pra cuidar de tu
Mas é verdade eu não cuido nem de mim, eu sou um louco
Mas tudo porque eu gosto de sentir o gosto
Da gente brindando muito e dividindo pouco
Eu sagitariano e ela escorpiana
Ela bate e ama, ela toca e mama
Era pra ser mais um romance, mas nós dois faz drama
Antes da parte do ô que a gente faz na cama
E o mais sinistro é que tu sabe que elas me quer
E eu sei que eles te quer, mas nós dois só quer
Cantando a nossa música, transando num hotel
A gente chora, porque eu preciso ir embora
Me chama de bebê, que hoje eu vou beber a água do seu corpo
E a gente vai começar tudo de novo
Noís vamo acordar juntin, eu e você juntin
Vem, vem, vem, que hoje noís vamos queimar no nosso fogo
Que todo tempo do mundo ainda é pouco
Pra eu cantar o samba que eu te fiz pra te ver sorrir
Ah se você voltasse ao momento do impasse
Pensasse melhor e não se precipitasse
A um passo do precipício, se tu não me empurrasse
Imagina se fosse um começo tão doce que deliciasse sua boca
E trouxesse um sentimento lindo, ah se sêsse
Seria tão bom, eu teria o meu bem debaixo do edredom
Dispensaria o harém
Preta você tem noção do que você tem?
Me deixa no chão por favor, vem com amor e carinho
Que assim vou também
E se você voltasse ao momento do impasse pensasse melhor
A um passo do precipício, ai se sêsse
Ela só finge que me ignora
Fala que agora namora um cara que usa blazer e dirige corola
Mafioso tipo barra pesada
Até me disse da grana que controla
E também disse que não ta preocupada
Que ta preparada se chegar a hora
Tempo passa, telefone toca
Eu atendo e digo: é o chefe
Tempo passa, ninguém fala nada
Logo penso: que se dane, isso é um blefe
Novamente o telefone toca, só que eu ignoro
Não era esse o jogo?
Rio e comemoro, mas por dentro choro
Não é isso que nós merece
Andando sem rumo, me acostumo com as sextas-feiras
Vendo em segundos, reflexos de uma vida inteira
Você perdendo tempo com esses caras fracos que cansam na primeira
Eu transando com mulheres experientes, tipo Susana Vieira
Amor eu falo muito sério
Por mais que eu saiba, pretinha tu ama bobeira
E todas as coisas sérias que você me dizia, e eu levava na brincadeira
Talvez tenha sido a sua culpa de não entender muito bem minha maneira
Mas eu penso que nunca foi obrigação de ninguém entender minha maneira
Mas se o fim me traz um novo início
O começo se tornou vício
Aquariana, aquariana
Isso é tão difícil, mas já faz parte do meu ofício
Adeus ó libriana, ó libriana
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