Nem velho, nem jovem, nem santo, nem puto
Meu preto é do luto das dores que chovem
As nuvens se movem nas minhas retinas
Lunares meninas me bebem, me fumam
Em fases assumam meu peito em ruínas
Planaltos, campinas entre outros lugares
Pousadas e bares, estradas, esquinas
Minguantes meninas me sangram, me comem
Feito lobisomem, minha alma destrincha
Solidão de bicho, coração de homem
Raposas carcomem nas ruas as sobras
Corujas e cobras na escuridão somem
Que em meu abdômen medos se acomodem
E os desejos rodem feito bailarinas
Flutuantes meninas me findam, me fodem
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