Domingo de manhã eu acordo na manguaça
Tremendo, sequelado e corroido pelo trago
Mais uma semana de ressaca, mas que desgraça
Meu fígado tá podre, eu não aguento esses tragos
Levanto vomitando e com uma puta diarréia
O meu bafo de gambá me maltrata
Olho pra minha cama e vejo uma mocréia
Lembro que a noite passada ela era bem mais gata
Cirrose, Cirrose, sei que eu vou ter
Mas mesmo sabendo não vou parar de beber
Cirrose desgraçada, um dia vai acabar comigo
Mas ficar longe do bar eu não consigo
Não consigo comer
Não consigo foder
Essa dor de cabeça pro inferno ainda me leva
Eu sei que eu deveria parar de beber
Mas já estou indo pro boteco pra tomar mais umas cevas
Um dia isso vai ter que acabar
Tô ficando velho e não suporto mais
A cerveja ainda vai me matar
Mas sem ela não consigo viver em paz
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