Ô, ô, ô de borra
Ô, ô, ô de borra
Ô, ô, ô de borra
O povo querida, querida
Salta do ovo, querida, querida
Para o esboço, querida, querida
E o precariado, querida-a
Em trabalho de parto
O povo querida, querida
Ainda suspeita, querida, querida
E nossa covardia, querida, querida
Masturba e deleita querida-a
Esquerda, grana e direita
Quando o trabalhador cresce na sociedade
E tem a oportunidade de ser protagonista da história
Ele pratica o método do opressor
Porque foi o único método que aprendeu
Então, ele só sabe agir como o opressor
Um lápis e uma régua
Um resfriado me pega
Um flash quase me cega
Um memorando que nega
Um vento forte, um chuvisco
No olho me entra um cisco
Um som de casa de disco
Uma cobrança do fisco
Um desejo por vitrina
Uma moça por esquina
Hoje eu te pego menina
A minha mão por
Um cartaz de mulher nua
Um cego atravessa a rua
? Garçom, a carne está crua!
A mãe de quem? É a sua?
Um ódio que me destrói
O sangue corre corrói
Eu quero ser um herói
Vida de borra, my boy
Ô, ô, ô, de borra (3 vezes)
O povo querida, querida
Ainda suspeita, querida, querida
E nossa covardia, querida, querida
Masturba e deleita querida-a
Esquerda, grana e direita
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