Tem certos dias que ponho a mão na
cabeça
E pergunto o que anda acontecendo
Pois nessa vida o que existe de beleza
É a grandeza de outra vida nascendo
Quem já pôde ver na beira de um riacho
Cantos, cachos, colibris se entretendo
Saiba que o homem na sua malvadeza
Judiando a natureza tudo isso vai
perdendo
Este ser pela fortuna e avareza
Vai pouco a pouco preparando seu
veneno
Ei moço, não desmanche o que Deus
fez um dia
Quem destrói não cria, renega sua paz
Não peço apenas por escrever poesia
Mas pela luz dos dias e o bem que a
vida nos faz (bis)
Quando não houver mais flores nos
jardins
Nem animais passeando nas planuras
Quando o silêncio invadir os passarinhos
Sentindo a falta da fruta madura
Quando as águas dos rios forem tingidas
Fadando a vida à eterna desnatura
Vão responder pelo ar que se respira
O valor de um caipira e um ninho de
saracura
Quem fere a terra, nossa mãe natureza
Com as mãos assina a própria desventura.
Ei moço (...)
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