Introdução:
Caminheiro que lá vai indo, pro rumo da minha terra
Por favor faça parada, na casa branca da serra
Ali mora uma velhinha, chorando o filho seu
Essa velha é minha mãe, e o seu filho sou eu
Ooooooooi, caminheiro, leva esse recado meu
Levantei a tampa voltei ao passado
Meu mundo guardado dentro de um baú
Encontrei no fundo todo empoeirado
O meu velho laço bom de couro cru
Me vi no arreio do meu alazão
Berrante na mão no meio da boiada
Abracei o laço velho companheiro
Bateu a saudade, veio o desespero
Sentindo o cheiro da poeira da estrada
Estrada que era vermelha de terra
Que o progresso trousse o asfalto e cobriu
Estrada que hoje chama rodovia,
Estrada onde um dia meu sonho seguiu,
Estrada que antes era boiadeira
Estrada de poeira, de sol, chuva e frio,
Estrada ainda resta um pequeno pedaço
As poeira do laço que ainda não saiu
O som da viola bateu no peito e doeu meu irmão
Assim eu me fiz cantador sem nenhum professor aprendi a lição
São coisas divinas do mundo que vem num segundo a sorte mudar
Trazendo pra dentro da gente as coisas que mente vai longe buscar
Trazendo pra dentro da gente as coisas que a mente vai longe buscar