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D A D
Ando pós-modernamente apaixonado pela nova geladeira.
G D
Primeira escrava branca que comprei, veio e fez a revolução.
G D
Esse eterno feminino do conforto industrial injetou-se em minha veia, dei bandeira!
A D
e ao por fé nessa deusa gorda da tecnologia gelei de pura emoção!
D A D
Ora! desde muito adolescente me arrepio ante empregada debutante.
G D
Uma elétrica doméstica então... Que sex-appeal! Dá-me o frio na barriga!
G D
Essa deusa da fertilidade, ready made a la Duchamp, já passou de minha amante
A D
Virou super-star, a mulher ideal, mais que mãe, mais que a outra... Puta amiga!
G D
Mister Andy, o papa pop, e outro amigo meu xarope se cansaram de dizer:
G D
Pra que Deus, Dinheiro e Sexo, Ideal, Pátria, Família pra quem já tem frigidaire?
A D
É Freud, rapaziada! Vir a cair na cantada dum objeto mulher.
A D
Eu me confundo, madame! E a classe média que mame se o céu, a prazo, se der!
D A D
Que brancorno abre e fecha sensual dessa Nossa Senhora Ascéptica!
G D
Com ela eu saio e traio a televisão, rainha minha e de vocês.
G D
Dona frigidaire me come... But no kids double income! Filho compromete a estética!
A D
Como Edipo-Rei momo, como e tomo tudo dela... Deleites da frigidez!
D A D
Inventores de Madame Frigidaire, peço bis! Muito obrigado!
G D
Afinal, na geladeira, bem ou mal, pôs-se o futuro do país.
G D
E um futuro de terceira, posto assim na geladeira, nunca vai ficar passado.
A D
Queira Deus que no fim da orgia, já de cabecinha fria, eu leve um doce gelado!
G D
Mister Andy, o papa pop, e outro amigo meu xarope, se cansaram de dizer:
G D
- Pra que Deus, Dinheiro e Sexo, Ideal, Pátria, e Família pra quem já tem frigidaire?
A D
É Freud, rapaziada! Vir a cair na cantada dum objeto mulher...
A D
Mas que trocadilho infame! La vraie Ballade des Dames du Temps Jadis... au contraire!
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