Teus olhos, querência me traz relembranças em forma de estrelas
E vêm por miragens colhendo saudades, regando minhas rondas
No rastro das horas, dilatam pupilas na vez de silhuetas
Perfumes de orvalho aquietam sogaços na alma gaviona
Caminhos tão largos que cruzo troteando sem me achicar
Quem canta pro mundo, a ilusão é triste, sabe como aporrear
Ruflando acordes de pêlos tordilhos em busca de paz
Que talvez eu encontre no bronze da pele do teu corpo rural
Se assim for, não procurem alma estradeira dos campos sem fim
A colear madrugadas, buscando guarita n'algum chamamé
Me procurem ao teu lado plantando num rancho ou tisnando fogões
Encantando algum rio louco dois guapos destinos florindo canções
Me procurem ao teu lado plantando num rancho ou tisnando fogões
Encantando algum rio louco dois guapos destinos florindo canções
Encantando algum rio louco dois guapos destinos florindo canções
Um dia eu volto à teus olhos negros sem esporas de andejo
Estas xucras xilenas que indagam lonjuras pelos firmamentos
Meu gateado lobuno que pastou bocejos de luas morenas
Tem garupas de aurora dos caminhos gastos e das cantilenas
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