Reculutando a potrada
Por as varas da mangueira
No bate patas do campo
Só ficam vultos e poeira
(São gritos de bamo cavalo
Toca, toca êra, êra)
Entre potros que amansei que sentei meu lombilho
Foram baios e ruanos sebrunos e doradilhos
Já quebrei muitos tobianos alazão preto e tordilho
De vinagre até o negro todos pêlos eu encilho
Gateados e lobunos zainos também domei
Um rosilhito prateado em malacaras andei
(São gritos de bamo cavalo
Toca, toca êra, êra)
Arrocinei um bragado um oveiro negro um rosado
Um chita um branco melado
E um picaço para branca que por sinal desconfiado
Especial baio gateado que nunca deixou me a pé
Um tostado bico branco tropeei muito em pangaré
Um Colorado cabano um azulego mui feio
Que as vezes em volta do rancho deixava mascando o freio
Só me falta o potro mouro
Que é pra sentar meus arreios
(São gritos de bamo cavalo
Toca, toca êra, êra)
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