Abro meu peito cantando, amigos prestem atenção
Quem nasceu como eu nasci no berço da tradição
Defende a poesia xucra com alma e com devoção
Sou gaúcho missioneiro e morro pelo meu chão
Sou gaúcho missioneiro e morro pelo meu chão
Peço licença e entendam meu linguajar de xirú
Que às vezes canta solito bem como faz o nambu
E quando arrepia o pelo é pior que touro zebu
Alma de guasca trançada com tentos de couro cru
Alma de guasca trançada com tentos de couro cru
Quando longe do rio grande, meu velho berço estimado
Até parece que escuto lá longe o berro do gado
Tenho ganas de gritar que sou cria desse estado
Que nasci lá nas missões e nas missões eu fui criado
É o Amor xucro que eu tenho por este meu chão colorado
O meu orgulho é ser parte da terra que me gerou
Ser amigo dos amigos como meu pai me ensinou
Pelear e correr carreiras como meu avô peleou
Sem nunca negar meu sangue que a tradição me legou
Que nem a marca coqueiro de missioneiro que sou