De Alma, Campo e Silêncio
Marcelo Oliveira
Letra

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LETRA (VER LETRA CON ACORDES)
[Intro]


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Noite de campo que vejo numa lembrança de outr ora

Beira de um fogo que acalma, triste cambona que chora

Alma povoada em silêncio deste meu rancho fronteiro

Mateando alguma saudade costeando o sono da espora


Vento que geme na quincha feito um basto na estrada

Resmunga o som de tesoura do picumã amorenada

Quem sabe traga de arrasto alguma manga pras casa

E um cheiro bruto de terra pra envadir a madrugada


Noite que chora pro campo tocando a tropa na sanga

Batiza os lábios da china num galho flôr de pitanga

Somente o sonho que cresce num distanciar de povoeiro

Que parte junto com a aguada pra alguém que vive de changa


E a primavera se estende com olhos claros pra lida

Bolear a perna na estancia, este é meu rumo na vida

Solito eu cruzo as horas num camperear de invernada

De rédea firme por diante com alguma mágoa contida


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