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Onde Andará
Luiz Marenco
Letra

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-A
LETRA (VER LETRA CON ACORDES)

Onde andará a silhueta
Desses antigos campeiros
Que desenhavam saudades
Na fumaça dos palheiros
E madrugavam setembros
Na voz clara dos braseiros

Onde andará a manhanita
Dos mates de gosto bueno
Da encilha dos gateados
Contraponteando o sereno
E a humildade dos ranchos
Guardando sonhos morenos

Onde andará o verso claro
Ponteado numa canção
Que se espalhava em floreios
Pelas tardes do galpão
E matizavam campeiros
Ao som da gaita e violão

Onde andará a tarde longa
Das ressolanas campeiras
Onde a alma desses tantos
Cruzava além da porteira
Pra o mundo das invernadas
Por não saber das fronteiras

Por onde andará o semblante
De um avô maragato
Que eternizou seu silêncio
Na moldura de um retrato
E dos seus causos antigos
Desses campeiros de fato

Quem sabe andam perdidas
Na saudade dos avós
Ou presas dentro do peito
Querendo saltá na voz
Mas bem certo elas se acham
Guardadas dentro de nós

Onde andará...
Onde andará...
Dentro de nós!



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