Opa, opa alto la tropa
que ressonga na canhada
A cordeona, voz trocada
Sob um céu de santa-fé
De volta ao pago contempla
O semblante do sombreiro
E assoma ao tranco campeiro
Meu rosilho pangaré
Golpeio um gole de canha
Bombeio a lua na estrada
Que vai direito à ramada
Deste ranchito quinchado
Ao Ataliba, um saludo
Saco a chilena e o pala
E reluz dentro da sala
Na rastra o florão prateado
Por vaqueano trago a estampa
E um pedido ao musiqueiro
Pra um valseado balconeiro
Que se vai fazendo eco
Que hoje hay mais de uma morena
Querendo bailar serena
Junto a flor do meu jaleco
Bem na flor do meu jaleco
Bem na flor do meu jaleco
( )
( )
Do paysano o mesmo grito
O mesmo vinho golpeado
Então busco, arrinconado
O olhar da mesma morena
No negaceio convido
Pra bailar de pé trocado
Num romance alpargateado
Repetindo a mesma cena
Encosta o rosto morena
Bem na flor do jaleco
E sonha com a primavera
Retornando pra o rincão
E no volteio da sala
Não chora e baila comigo
Que nesta volta te digo
Te entrego meu coração
[Final]